A caótica situação do trânsito na região urbana de Carmópolis de Minas é uma preocupação crescente da vereadora Tirzah Teixeira de Freitas (NOVO), que abordou o tema em três sessões ordinárias da Câmara Municipal realizadas no mês de julho de 2025. A parlamentar defendeu a municipalização do setor e a criação de um departamento como medidas essenciais para a solução dos problemas, numa cidade com traçado não planejado, ruas estreitas e sinalização deficiente, onde o crescente número de veículos provoca transtornos em série, colocando pedestres e motoristas frente a riscos cada vez maiores de acidentes graves.
Tirzah disse, na sessão ordinária do dia 14 de julho, que tem ficado muito incomodada com essas situações, mas parabenizou a Comissão Municipal de Trânsito, para a qual se autoconvidou, por ser muito bem organizada, com boa dinâmica de reuniões, membros coerentes, sentindo que também pode contribuir.
A vereadora citou requerimento encaminhado por ela, pedindo algumas informações sobre faixas de pedestres, tendo recebido a informação de que existem hoje 67 faixas e 7 passagens elevadas na cidade. Destacou que colegas da Câmara têm reivindicado passagens e quebra-molas, mas ponderou que tais arranjos necessitam de análises técnicas do setor de obras e de engenharia antes de serem implantados, já que podem apresentar riscos de acidentes.
Na mesma sessão ela comunicou que está em andamento uma fiscalização sobre os veículos abandonados em ruas da cidade. Cumprindo a lei municipal 2.050/2014, tais veículos serão adesivados como “veículo em situação de abandono”. Tirzah pediu ao secretário de Infraestrutura Urbana e Rural e de Desenvolvimento, Agricultura e Meio Ambiente, Dirceu da Silva, que disponibilize uma motocicleta, para que a fiscalização seja realmente efetiva. E reforçou que Carmópolis necessita de um departamento ou secretaria municipal de trânsito.
Na sessão do dia 21 de julho, a vereadora voltou ao tema para informar que, de acordo com cronograma da Comissão, de julho a setembro de 2025, pretende-se reformar todos os quebra-molas do centro e de alguns bairros. De julho a dezembro seriam finalizadas as faixas de pedestres e reforços de sinalização, havendo ainda revisão geral de toda a sinalização do Bairro Santo Antônio e outros. Particularmente, ela considera o período muito longo, em vista da caótica situação do trânsito, necessitando de ações rápidas.
“Queria reforçar que o trânsito precisa ser uma prioridade e não pode esperar outra tragédia acontecer”, apontou a parlamentar, lembrando que Carmópolis não é uma cidade planejada, não estando preparada para a quantidade de veículos em atividade, com ruas estreitas e mal sinalizadas. E voltou a falar sobre a importância de se constituir um departamento ou até mesmo uma secretaria municipal de trânsito, em vista das grandes carências do setor.
Na sessão do dia 28 de julho, Tirzah voltou a ressaltar a necessidade de municipalização do trânsito, setor que se mostra como um problema recorrente no município. Revelou ter conversado com o secretário de Administração e Governo Diego Vital de Souza Santos, sobre a importância de o município criar o departamento de trânsito. De acordo com o secretário, isto já estaria sendo pensando para inclusão no Plano Plurianual (PPA) a ser elaborado em 2026, com vigência até 2029. E pediu ao prefeito Célio Roberto Azevedo (UNIÃO) a disponibilização de mão de obra para atender aos vários requerimentos e demandas já aprovados, mas ainda não executados.
Tirzah informou ainda que, de acordo com dados da Polícia Militar, no primeiro semestre de 2025 foram lavrados 671 autos de infrações de trânsito no município, por falta de carteira de habilitação, ausência de licenciamento de veículo, estacionamento irregular e desrespeito às normas de circulação previstas no Código de Trânsito. A vereadora grifou que, como o trânsito de Carmópolis ainda não é municipalizado, os valores das possíveis multas derivadas dessas infrações não ficam em Carmópolis. Ao contrário disso, caso o trânsito seja municipalizado, tais recursos permanecem no município, sendo destinados exclusivamente aos investimentos no setor.
