Atendendo a uma reivindicação de uma munícipe, a vereadora Jaqueline Emilia Luciano (PV) fez, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Carmópolis de Minas realizada no dia 18 de março de 2024, uma solicitação à Secretaria Municipal da Educação, para que seja incluída no currículo das escolas municipais, matéria sobre educação financeira. De acordo com ela, foi-lhe apresentado um modelo de projeto já adotado em outras cidades da região.
Jaqueline disse que se interessou muito pelo projeto, tendo em vista o conhecido compromisso dos carmopolitanos com o trabalho. Asseverou que, independentemente da idade, o povo de Carmópolis é muito trabalhador, e na maioria das vezes as pessoas não concluem nem o ensino médio, dedicando seu tempo para montarem seus próprios negócios. Ela vê como muito propícia a proposta de inserção da educação financeira nas escolas, uma vez que a matéria ajudará as crianças a se prepararem para o mercado de trabalho que terão de enfrentar no futuro.
O projeto também teria forças para afastar adolescentes das drogas, pois sabe-se que esse tipo de problema social acontece principalmente com adolescentes e jovens que não tiveram a chance de direcionarem suas cabeças para suas possibilidades profissionais, não conseguindo pensar em algo de bom para o futuro. Em vista desses argumentos, Jaqueline pediu ao Poder Executivo que desenvolva um estudo sobre esse projeto, trazendo-o à Câmara Municipal e à cidade.
A parlamentar destacou a existência de três tipos de educação financeira: pessoal, familiar e empresarial, manifestando sua convicção de que é possível a ela, enquanto vereadora, contribuir para a melhoria de vida dos munícipes ainda quando pequenos. “Que os carmopolitanos aprendam, desde cedo, aquilo que realmente vale a pena”, apontou a vereadora.
De acordo com a Serasa, empresa especializada em questões relacionadas ao dinheiro, educação financeira infantil é a prática de ensinar finanças pessoais ainda na infância. A ideia é que quanto antes as crianças aprenderem sobre o dinheiro, melhor será a relação delas com as finanças no futuro. A educação financeira ensina princípios básicos sobre tópicos como estes: Como lidar com as finanças; De onde vem o dinheiro (a importância do trabalho como fonte de renda); O real valor do dinheiro; O que quer dizer o “crédito” do cartão de crédito; A importância de poupar para realizar objetivos; A necessidade de consumir com consciência; Como usar crédito com responsabilidade; O problema de gastar mais do que se tem (endividamento) e como investir pode multiplicar o dinheiro que se tem.
Ensina a Serasa que, ao compreender essas noções, a disciplina financeira já passa a fazer parte da vida das pessoas desde cedo. É por isso que hoje em dia existem materiais didáticos completos, voltados para a educação financeira infantil. Cada vez mais as escolas estão procurando incluir essa área do conhecimento no currículo, para apoiar as famílias na missão de educar financeiramente as crianças.
Representando o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), a senhora Marilda de Abreu Araújo ocupou o espaço dedicado à “Tribuna Livre”, na Câmara Municipal de Carmópolis de Minas, na sessão ordinária do dia 18 de março de 2024, com o objetivo de reforçar a necessidade da Prefeitura apresentar um Plano de Cargos e Salários para a categoria no âmbito do município.
Marilda lembrou ser aquela a segunda vez que comparecia à Câmara para falar sobre o mesmo assunto, tendo sido a primeira em agosto de 2023, dois anos após os profissionais da Educação iniciarem a discussão do tema com a Secretaria Municipal, quando foi dado um prazo até outubro daquele ano para o Poder Executivo apresentar uma proposta, o que não havia ocorrido até naquele momento. Informou que recentemente foi realizada uma reunião com o prefeito José Omar Paolinelli (PSD), quando foi dito a ele que, se não for possível aprovar a carreira como um todo, que seja encontrada uma alternativa de valorização dos profissionais.
Ela também destacou que, no entendimento da categoria, o piso nacional dos professores, hoje no valor de R$ 4.580,00, deve ser pago integralmente, e não conforme projeto da Prefeitura, que prevê o pagamento proporcional, por uma jornada de 24 horas. Destacou que a maioria dos profissionais da Educação de Carmópolis já tem a licenciatura plena e pós-graduação,
“Precisamos resolver esse impasse com o prefeito”, observou Marilda, revelando que na reunião com José Omar, foi apresentada a ele uma planilha, mas o chefe do Executivo declarou que não conseguiria pagar os montantes. Foi pedido, então, que apresentasse uma contraproposta. O prefeito acatou a solicitação e prometeu realizá-la em 19 de março, dia seguinte a essa sessão da Câmara. Grifou que isso precisava ser feito, pois no dia 21 haveria outra rodada de negociações com José Omar. Ela pediu, então, aos vereadores, que ajudassem a convencer o prefeito a apresentar a planilha no dia 19, para que o acordo fosse fechado na reunião do dia 21. Lembrou que, por ser um ano eleitoral, existem limites de datas para aprovação desse tipo de matéria, sendo necessário agilizar o processo, pois não há como aprovar um plano sem a respectiva tabela.
“Não dá mais para a Prefeitura continuar adiando o plano de carreira e as professoras já estão desejando deflagrar uma greve”, apontou a sindicalista, afirmando ainda que, com a ajuda de todos, ainda daria para evitar a paralisação, que se levada a efeito, trará muitos transtornos, tanto para os alunos quanto para os próprios profissionais, que terão de repor as aulas.
O presidente do Legislativo, vereador Fernando Luis Rabelo Lebron (PV) agradeceu a presença da senhora Marilda, sempre na defesa dos direitos dos profissionais da Educação, e sugeriu ao plenário que fosse encaminhado, em mãos, ofício ao prefeito, assinado por todos os vereadores, comunicando a ele a manifestação feita na Câmara e solicitando as providências cabíveis. Os vereadores também se pronunciaram sobre o tema, todos eles apoiando a causa dos profissionais da Educação.
A íntegra dos pronunciamentos sobre o tema pode ser acessada na gravação da sessão, em áudio e vídeo, disponível no site da Câmara.
Fotos da audiência pública ocorrida na data de 19/03/2024.
Transmissão da audiência pública ocorrida na data de 19/03/2024.
Transmissão da audiência pública ocorrida na data de 19/03/2024.
“Há muitos anos, desde que a estrada foi construída, nunca vi um abandono tão grande. Isto é falta de responsabilidade do DER-MG”. A frase é do vereador José Laércio da Silveira (UNIÃO), em pronunciamento feito durante a sessão ordinária da Câmara Municipal do dia 18 de março de 2024. Ele se referia à rodovia MG-270, trecho urbano que corta a cidade de Carmópolis de Minas, no momento em estado precário, apresentando remendos e buracos na pista, provocados por carretas com cargas pesadas de aço e minério, que trafegam diariamente pela via.
José Laércio lembrou que, no dia 21 de março de 2022, portanto há exatamente dois anos, o então diretor do DER, Robson Carlindo Santana Paes Loures, esteve em Carmópolis de Minas, juntamente com o deputado federal Domingos Sávio, inspecionando a MG-270, e naquela oportunidade prometeu dar uma atenção maior àquela estrada, mas até hoje nada foi feito. “Ou ele tem uma memória muito ruim ou é mesmo ruim de serviço, pois até hoje nada foi feito”, afirmou o parlamentar.
Outro problema grave, segundo o vereador, é o mato alto que toma conta das margens da rodovia, prejudicando totalmente a visão dos motoristas, que não conseguem saber se existem outros veículos trafegando pelo mesmo ponto, aumentando muito os perigos de acidentes, especialmente quando os veículos provenientes de estradas rurais aguardam para acessar a pista.
Demonstrando revolta com a situação, José Laércio lembrou das muitas vezes em que ele e seus colegas vereadores abordaram o problema no plenário do Legislativo, acumulando desgastes e se preocupando com os pedestres e ciclistas que utilizam o trecho, no bairro Graminha e que têm apenas duas alternativas de tráfego: pelo mato ou pelo meio da pista, correndo riscos cada vez maiores.
“Estou evitando transitar pelo trecho à noite, pois a gente não vê o pedestre ou o animal na pista, podendo causar um grave atropelamento”, alertou José Laércio, não vislumbrando nenhuma perspectiva de obras de manutenção na rodovia, constituindo-se em verdadeiro pouco-caso ou má-vontade do DER para com a população carmopolitana.
Baseando-se no grande número de requerimentos apresentados por seus colegas, pedindo obras de manutenção nas estradas rurais, o vereador João Francisco Vieira – João do Inhozinho (PSD) utilizou seu tempo regulamentar, em assuntos de interesse público, para alertar a administração municipal sobre o precário estado de conservação dessas vias, situação que tem provocado muitos problemas para quem reside e trabalha na zona rural de Carmópolis de Minas.
Em seu pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Municipal do dia 11 de março de 2024, João Francisco destacou os problemas crônicos existentes na estrada do povoado da Formiga. “Eu fico triste com essa situação. Quando teremos um prefeito que possa olhar por aquela comunidade? Vou falar pela décima vez: a Formiga é um lugar abandonado pelos políticos”, observou ele, grifando que os vereadores têm poucas chances de fazer alguma coisa, pois contam apenas com o dinheiro de suas emendas impositivas.
João Francisco observou já ter passado da hora da Prefeitura proceder aos acertos naquele pequeno trecho de estrada da Formiga, algo em torno de 30 ou 40 metros de uma laje. “Se a Prefeitura não pode fazer essa pequena obra na Formiga, o que mais poderá fazer?”, questionou. Para ele, é preciso olhar mais para as comunidades rurais,
No distrito do Bom Jardim as Pedras, o problema também afeta as ruas, que estão com muito mato, fazendo com que toda a semana o vereador receba pedidos de aplicação de herbicida. Ele pediu ao Serviço de Saneamento Ambiental Municipal (SESAM) que faça a capina das ruas,
Ainda sobre o distrito, pediu João Francisco que a Prefeitura proceda a uma operação tapa-buracos nas ruas por onde passam as procissões da Semana Santa, evento religioso que em 2024 acontece no final do mês de março. “A gente se sente envergonhado com aquelas poças de água na rua por onde passa a procissão”, disse o vereador.
Concluindo sua manifestação, João Francisco argumentou que Educação e Saúde estão em primeiro lugar, mas é preciso olhar pelas estradas rurais, pois é por meio delas que os alimentos chegam à população.
Transmissão da reunião ordinária ocorrida na data de 18/03/2024.